A Organização Mundial de Saúde estimou que em cada ano morrem no mundo cerca de dois milhões de pessoas devido à poluição atmosférica: a indústria, os transportes, queimadas e incêndios florestais, bem como alguns processos naturais, lançam para o ar partículas finas de dióxido de enxofre, monóxido de carbono, ozono, entre muitos outros poluentes. Ora nós respiramos estas partículas e esta mistura provoca doenças cardio-respiratórias (as partículas muito finas são das mais perigosas, porque se alojam directamente nos pulmões).
Se juntarmos a isto o facto de, obviamente, ser nos centros urbanos que a qualidade do ar é mais critica (apesar da poluição não existir só nestas zonas, algo me diz que a VCI ou a 2ª circular são mais poluídas que um carreiro em Bogalhal Velho), proteger o ambiente e a nossa saúde parece-me o único passo possível. Os ambientes urbanos estão a ser cada vez mais estudados pelos meteorologistas, que verificam a criação de ilhas de calor e a concentração de poluentes nas grandes cidades. Lisboa, por exemplo, entre muita coisa bonita tem também uma das avenidas mais poluídas da Europa: a Avenida da Liberdade (e pensar que há até quem faça ali jogging).
Portanto, tentar reduzir ao máximo a emissão deste tipo de partículas parece-me apenas lógico e cada um de nós pode fazer um bocadinho, por muito insignificante que nos pareça é sempre alguma coisa.... sim, sim, mesmo que seja só desistir de desodorizantes de spray, por exemplo, sim...
E respostas como “Ah, e tal, ninguém faz, porque é que eu tenho de fazer?” não me parecem, de todo, argumentos válidos.